Após greve, IBGE prevê cerca de 1,5 mil vagas em concurso ainda em 2014

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) espera autorização do governo federal para realizar um concurso público, ainda em 2014, para 1.044 vagas de nível médio e cerca de 300 para nível superior. A informação é do diretor-executivo do instituto, Fernando Abrantes, e era uma das reivindicações do Sindicato Nacional (ASSIBGE), durante a greve que durou 77 dias e foi encerrada na terça-feira (12).
Segundo o IBGE, atualmente há 6 mil funcionários no quadro e 4.426 temporários. “A questão fundamental é que o IBGE não pode abrir mão do uso de temporários. Mais do que ter menos temporários, temos que ter mais pessoas no quadro. A intenção é aumentar o efetivo do IBGE”.
Ainda de acordo com diretor, somadas às 600 vagas já criadas em concurso em 2013, o IBGE iria recompor 46% do quadro pessoal e efetivo do instituto, que se aposentou ou abandonou o cargo. A criação desse concurso, faz parte de um dos pontos firmados em acordo assinado na manhã desta quarta entre órgão e sindicato.
“No acordo que foi fechado hoje, foram destacados dois pontos: o primeiro era um grupo de trabalho, que tem por objetivo fazer proposta de mudança da carreira do IBGE para o ciclo de gestão, e incluindo nova tabela salarial. O segundo, diz respeito a questão do temporário. A tarefa é definir alguma proposta para repensar a proporcionalidade entre trabalhadores do quadro e temporário”, explicou Abrantes.
Reintegração de temporários
O diretor afirmou, no entanto, que o IBGE não concorda com a reintegração dos temporários que não tiveram seus contratos renovados durante a paralisação. E afirmou que o direito à greve destes trabalhadores está sendo discutido juridicamente, em Brasília.
Ainda de acordo com Abrantes, os dias de trabalho parado serão repostos, e a preocupação central do instituto é divulgar os dados da Pesquisa Mensal de Emprego, de Salvador e Porto Alegre, e Pnad Contínua dos seis estados, que não foram informados devido a greve, em maio e junho. Ele, no entanto, não soube informar se na próxima divulgaçao da PME, em que estes dados serão apresentados.
A paralisação, que teve início em 26 de maio, atingiu 21 unidades estaduais e chegou a ter adesão de 25% dos servidores. O ASSIBGE-SN reivindicava que o instituto fosse tratado como órgão de Estado e não de governo. Os servidores pediram ainda autonomia técnica, reforço no orçamento condizente com plano de trabalho, valorização salarial e patamar do ciclo de gestão.

“Desses contratos que foram desligados, o IBGE não concorda [com a reintegração] porque os gestores têm obrigação de fazer valer as leis e os contratos. E esse pessoal foi contratado com regras claras e específicas e têm conhecimento desse contrato. Ninguém está sendo surpreendido”, disse, acrescentando que os contratos são renovados a cada três meses.
Pesquisas afetadas
“A ideia é colocar nossa prioridade máxima em dia. Estamos colocando todos os esforços. No momento não tenho essa informação [se na próxima divulgação haverá a divulgação dos dados da PME e Pnad completos]. A gente vai solicitando para todas as nossas unidades um balanço da situação. Temos regra de atualizar o mais rápido possível nosso cronograma de trabalho”.
Segundo Abrantes, também haverá reposição dos valores descontados no salário devido à ausência dos servidores.  “Eles foram descontados, mas serão reembolsados [pelos dias parados]. Provavelmente estará na próxima folha que está sendo mandada para Brasília essa semana ainda”, completou.
Greve
A paralisação, que teve início em 26 de maio, atingiu 21 unidades estaduais e chegou a ter adesão de 25% dos servidores. O ASSIBGE-SN reivindicava que o instituto fosse tratado como órgão de Estado e não de governo. Os servidores pediram ainda autonomia técnica, reforço no orçamento condizente com plano de trabalho, valorização salarial e patamar do ciclo de gestão.

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